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“Permitiria ao eleitor ver seu voto”, lamenta Iracema Portella sobre PEC do voto impresso

Dentre os deputados federais favoráveis ao projeto estão, Iracema Portella (Progressistas), Júlio César (PSD) e Marina Santos (Solidariedade).

Dos 10 deputados federais que compõem a bancada piauiense, somente três votaram a favor do projeto de voto impresso , votado e rejeitado pela Câmara Federal na noite deste terça-feira (10).  A PEC do Voto Impresso foi arquivada após receber 229 votos e não atingir o limite de votos favoráveis (308). Dentre os deputados federais favoráveis ao projeto estão, Iracema Portella (Progressistas), Júlio César (PSD) e Marina Santos (Solidariedade).

A parlamentar do Progressistas justificou seu voto em apoio à PEC como sendo um sistema favorável para que a população possa ver seu voto impresso, o que daria mais segurança ao processo. Além disso, Iracema Portella acrescentou que não vê problemas nessa prática, mas que a democracia deve prevalecer.

“Nosso sistema eleitoral já é muito bom e seguro, mas votei a favor porque considero que não haveria problema em oferecer mais uma segurança. Durante este período em que a questão foi levada a debate, vimos que muitas pessoas gostariam que houvesse o voto impresso. É importante que se diga que não seria a volta da cédula eleitoral, mas sim um novo sistema que permitiria ao eleitor ver o seu voto após concluir a votação. Não vejo problema. Na votação de ontem em plenário prevaleceu a vontade da maioria, a democracia é isso”, disse.

(Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O deputado Júlio César (PSD), também favorável ao projeto, destacou que vê uma ação como uma de transparência dos votos nas eleições. Contudo, o parlamentar reforçou que há outros projetos com maior importância econômica que devem ser priorizados.

“Vejo a questão do voto auditado como mais uma forma de transparência nas eleições. É um direito do eleitor que votou. Também não acredito em manipulação das nossas urnas eletrônicas. Só não vejo a necessidade de todo esse movimento para a votação dessa PEC sendo que pautas de reformas e de importância econômica ficam travadas”, Júlio César.

A deputada Marina Santos (Solidariedade) ressaltou que o voto auditável traria mais segurança para a democracia e que o processo de votação poderia ser melhorado através do voto impresso.

“Nada é tão bom que não possa ser melhorado. Com o sistema eleitoral não é diferente. A questão do voto auditável iria trazer uma segurança a mais para nossa democracia. O voto eletrônico continuaria acontecendo, mas teria uma comprovação em caso de necessidade. Entendo como um aperfeiçoamento do processo de votação, por isso votei a favor”, acrescentou.

Maioria da bancada piauiense comemora arquivamento da PEC do Voto Impresso

Os sete deputados que votaram contra a medida foram: Átila Lira (Progressistas); Fábio Abreu (PL); Flávio Nogueira (Sem partido); Marcos Aurélio Sampaio (MDB); Margarete Coelho (Progressistas); Merlong Solano (PT) e Rejane Dias (PT).

A deputada federal e primeira-dama do Piauí, Rejane Dias, usou suas redes sociais para comemorar o arquivamento do projeto. A parlamentar destacou que o resultado foi uma resposta do Brasil à democracia.

“Com nossa luta e nosso voto, a Câmara acaba de derrubar a proposta de voto impresso, alvo de intensa ofensiva do presidente Jair Bolsonaro contra o Congresso e contra o Supremo. O Brasil deu uma resposta à altura pela democracia! O Brasil real tem outras prioridades. A gente precisa de mais vacinas, mais empregos, mais projetos sociais, mais auxílios às camadas mais vulneráveis e, acima de tudo, mais liberdade. A nossa luta pela democracia é constante, diária e inegociável!”, disse.

Para o deputado federal do PTD, Flávio Nogueira, a votação impressa seria um retrocesso para o sistema político eleitoral. “Querer o voto impresso é optar pelo anacronismo. Podemos até aprimorar, ainda mais, o modo de votação. Nunca retroceder”,

PEC do Voto Impresso

PEC do voto impresso já havia sido rejeitada na comissão especial da Câmara no último dia 05 de agosto, por 23 votos a 11. Ainda assim, foi levada para votação em plenário. Agora, com a rejeição em plenário, a PEC será arquivada. Com isso, o formato atual de votação e apuração, utilizando as urnas eletrônicas, deverá ser mantido nas eleições do próximo ano.

A obrigatoriedade da impressão de cédulas físicas nas eleições, plebiscitos e referendos consta na PEC 135 de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF). A proposta teve apoio de 229 deputados, mas precisava de, pelo menos, 308 votos para ser aprovada. Ao todo, foram 448 votos computados, um parlamentar se absteve da votação e 218 rejeitaram a proposta.

FONTE: Portal O Dia

https://www.portalodia.com/noticias/politica/permitiria-ao-eleitor-ver-seu-voto,-lamenta-iracema-portella-sobre-pec-do-voto-impresso-386817.html

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